sábado, 2 de maio de 2015

Começando - os ritos, as cidades, os pretos



Em primeiro lugar, proclamo a dificuldade de começar.

Só quando realmente nos deparamos com a folha em branco é que vemos o quão difícil pode ser a tarefa de refletir – e de produzir algo a partir dessa reflexão – sobre um tema que está ao mesmo tempo conosco e em nós: o Brasil e sua(s) identidade(s). O processo se torna ainda mais difícil porque nos sentimos ávidos para discutir uma miríade de questões, ao passo em que devemos ser breves, se quisermos ser lidos, e também porque nos sentimos completamente imaturos no conhecimento sobre o qual iremos dissertar/descrever/refletir/conversar, correndo-se o risco, portanto, de ser incorreto, impreciso, leviano. Portanto, em que pesem os medos, os riscos e a responsabilidade de tudo aquilo que fica por escrito, opto por começar, até porque alguém precisa fazê-lo.

Nessa quinzena mais longa, de pouco mais de um mês, nos foi proposta a leitura de “O que faz o brasil, Brasil?”, de Roberto da Matta, e do primeiro capítulo do “História do Brasil Nação: 1808-1831”, escrito por Alberto da Costa e Silva, e organizado por Lilia Moritz Schwartz. Embora tenha sido difícil elencar um único ponto de enfoque para cada um dos livros, me esforcei por fazê-lo. Isto se deve a dois motivos: o primeiro, natural, é que se for feita a opção de se falar de muitas coisas, o texto se excede; isto reforça a ideia de que não devemos escrever tratados. O segundo motivo é o de que, ao escolher um único ponto de enfoque, os outros pontos ficam livres, ou seja, ficam mais à disposição dos outros membros do grupo.

No livro “O que faz o brasil, Brasil?”, Roberto da Matta analisa os ritos. Segundo o autor, há os ritos da ordem, em geral de caráter cívico ou religioso, cujo papel é o de reforçar as ordens hierárquicas já existentes na sociedade através de representações em que cada um ocupa precisamente “o seu lugar”. Dentre esses ritos, na esfera pública, se encontram as paradas cívicas, como a Parada de Sete de Setembro, e as procissões; na esfera privada, os batismos e as formaturas. Por outro lado, há os ritos da “desordem”, ou seja, ritos nos quais fica invertida a ordem social e as relações de poder. Desses ritos, o mais comum é o Carnaval, definido pelo autor como “uma inversão do mundo, uma catástrofe”. No Carnaval, cada um ocupa o lugar que quiser e, na ausência de qualquer ordem, as pessoas podem (e devem) liberar as suas fantasias e as suas liberdades (sexuais, de poder, etc.). DaMatta estrutura o seu breve ensaio sustentando a ideia de que o Brasil se constitui através de uma espécie de “caminho do meio”. Entre o preto e o branco, o mulato. Entre o sagrado e o profano, o sincretismo e o catolicismo popular. Entre a liberação e a proibição, o jeitinho. Causa, portanto, um certo impacto para quem o lê, a ideia de que os ritos da ordem e os ritos da desordem sejam mantidos em caixas tão estanques. Ora, não pode haver algum rito ou festa que esteja entre a ordem e a desordem? O que é que há, afinal, a meio do caminho entre o Carnaval e a peregrinação até a Igreja de Nossa Senhora Aparecida? Esta dicotomia entre um Carnaval completamente libertino e os ritos da ordem completamente enquadrados em seus modelos de hierarquia social nos remetem a um fato importante: o livro foi escrito em 1984. É certo que de lá para cá, caminhamos de forma a nos tornarmos mais híbridos, mais a meio do caminho entre a ordem e a desordem. Prova disso é que o nosso Carnaval rapidamente se tornou um espaço em que foi implantado o choque de ordem, no qual os blocos devem desfilar por tais ruas, em que o trânsito deve fluir por tais avenidas, e no qual o xixi deve ser feito em tais locais, sob pena de multa. De outro lado, os ritos da ordem foram perdendo relevância na vida nacional, como pode ser visto nas Paradas de Sete de Setembro com cada vez menos apelo e pelas procissões católicas que minguam sem renovação de público, à espera da morte de suas senhorinhas. De um lado, temos que um de nossos mais emblemáticos fenômenos sociais recentes, as manifestações de junho de 2013, podem ser colocadas como pertencente ao grupo dos “ritos da ordem”, posto que passeata de caráter cívico. Por outro lado, suas características de ser amorfa, desorganizada e sem liderança apontam para uma rito, ou evento, “da desordem”. Portanto, nesse contexto em que o Carnaval pode se transformar num evento da ordem e uma passeata cívica pode caminhar de maneira inequívoca para uma carnavalização, minha reflexão final sobre esse livro é a seguinte: “Nos últimos trinta anos, estivemos caminhando para um processo que dilui nossa identidade em meio aos processos globalizatórios ou estivemos por mergulhar ainda mais nessa identidade brasileira, nisso que somos? Ou seja, nos últimos trinta anos, estivemos caminhando para tornar o Brasil, brasil, ou para o tornar o brasil, Brasil?”

O outro texto, de Alberto Costa e Silva, de leitura extremamente fluida e prazerosa, apresenta a população e a sociedade na vida brasileira de 1808, chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro, até 1830, abdicação de D. Pedro I ao trono, em favor de seu filho mais novo de cinco anos, que viria a ser o Imperador D. Pedro II alguns mais tarde. O que me chamou bastante atenção nesse texto foi o pretume das cidades. As cidades brasileiras, antes das grandes imigrações europeias do final do século XIX e início do século XX, eram majoritariamente pretas. Isso se devia não apenas a um alto contingente populacional, que muitas vezes era maior do que o dos brancos, mas especialmente ao fato dos pretos circularem pelas ruas da cidade, diferentemente dos brancos e, em especial, das mulheres brancas, que ficavam encalacradas em suas próprias casas. Isto levava a uma situação especial em que apenas os brancos eram cidadãos, posto que tinham algo que se aproximava da cidadania na época, isto é, não eram considerados mercadoria e tinham direito à vida, à liberdade e à propriedade. Por outro lado, os pretos eram os citadinos, os verdadeiros donos da cidade, que exploravam as suas ruas, realizando pequenos serviços como escravos de ganho ou como pretos libertos, muitas vezes de porta em porta. Esta era uma situação bastante especial que ocorria nas cidades brasileiras, em que os citadinos não eram cidadãos e os cidadãos não eram citadinos. Ou seja, a cidadania era daqueles que não habitavam a cidade, não ocupavam a cidade. Isto explica, em certa medida, a feiura e a sujeira das grandes cidades à época da chegada da família real no Rio de Janeiro. Somente a partir da chegada da corte, com seus hábitos europeus de flanar pelas ruas, a cidade realmente passa a ter uma preocupação com seu apuro estético e higiênico. Esta corte, ao configurar seus membros ao mesmo tempo como cidadãos e como citadinos, faz com que a cidade possa se transformar. De forma similar, em que pese o fato de a lei nos garantir a todos como cidadãos (iguais perante a lei) e citadinos (tendo assegurado o direito de ir e vir), vivemos uma situação que segrega cidadãos e citadinos em esferas diferentes da vida pública. Se, na letra da lei, não podemos afirmar que existe uma gradação entre cidadãos e citadinos, a vida prática nos impõe uma dinâmica em que uns são mais cidadãos do que outros, na medida em que têm seus direitos mais assegurados do que outros, e uns são mais citadinos do que outros, na medida em que usam mais a cidade, circulam mais pelas ruas, do que outros. O que ocorre, no geral, é uma relação de proporcionalidade inversa em entre esses segmentos. Aqueles que são mais citadinos, porque moram longe do trabalho, porque dependem das praças públicas para se divertir e dos transportes públicos para se locomover, acabam por ser menos cidadãos, uma vez que são mais pobres, menos ouvidos e mais alijados das grandes esferas de decisão sobre a cidade. Por outro lado, aqueles que são mais cidadãos, e estão mais perto das esferas de poder, acabam por ser menos citadinos, uma vez que percorrem distâncias curtas, e percorrem as cidades em seus carros silenciosos e de vidro fumê, num tal grau de barreira visual e acústica em relação ao restante da cidade que causaria inveja às moças brancas da época colonial que se deslocavam de um lugar ao outro carregadas em cadeirinhas, seges ou carruagens. As transformações urbanas só podem ocorrer quando se conjugam as categorias de cidadão e citadino. É importante ressaltar que à vinda da família real para o Brasil, que conjugou ambas as categorias na corte recém-chegada, as transformações urbanas foram extremamente excludentes, de forma a privilegiar unicamente aquele seleto grupo que podia exercer de maneira simultânea seu papel de cidadão e citadino. Minha reflexão final a partir deste texto, portanto, é: “Como fazer com que todo cidadão seja citadino e todo citadino seja cidadão, para garantir que as cidades brasileiras se transformem de forma justa?”

Minha intenção inicial era falar sobre a questão dos negros, e não da cidade, mas minhas ideias acabaram me empurrando para este lado. Embora não devesse, vou colocar apenas minhas reflexões sobre essa questão aqui, para que eu possa me lembrar delas no nosso encontro, mas sem desenvolvê-las em demasia. “Ao contrário do que muita gente pensa, a cidade mais preta do Brasil em 1831 não era nem Salvador, nem o Rio de Janeiro, mas Niterói, com 80% de sua população composta por pretos. Pouca gente também sabe, mas havia nos bairros de Catete e Laranjeiras, no Rio e Janeiro, quilombos estabelecidos, que possuíam trocas comerciais com a capital. É também muito pouco disseminada a ideia de que não foram simplesmente ‘negros’ que chegaram da África, mas um mosaico complexo de diversas etnias, como os quetos, fons, iorubás, hauçás, etc. Por que é que descobrir essas coisas é sempre uma surpresa? Ou seja, o que falta para a historiografia preta chegar às pessoas comuns?”

3 comentários:

  1. A diferença temporal dos livros “O que faz o brasil, Brasil?” (1984) e “Crise Colonial e Independência: 1808-1830” (2011) não faz diferença, já que as narrativas são distintas e complementares. O livro do DaMatta nos provoca e descreve características notadas facilmente na nossa sociedade atual, enquanto a parte 1 da coleção é narrada, de forma cronológica, dos fatos decorrentes do início da nossa identidade enquanto nação.
    E, apesar dos fatos narrados estarem há quase 200 anos, não são poucas as similaridades daquela sociedade embrionária com a nossa atual estrutura social. Estrutura esta que ainda tem dificuldades em pensar o Brasil enquanto nação, provocação feita pelo DaMatta, quando cita “acredito ser uma maneira de questionarmos, ou melhor, assumirmos de uma vez por todas, esses nossos lados”.
    Somos um país desigual porque sempre pensamos de maneira desigual, “O Brasil era uma sociedade escravista” “D. Pedro I continuou o processo, iniciado por d. Joao VI, de criar uma nobreza no país” “Classes Alta e Média tem aversão a tudo que faça sentir-se como pessoa comum”.
    Nas nossas casas/apartamentos ainda existem um cômodo de empregados domésticos porque “a primeira coisa que, em geral, fazia uma pessoa, mal melhorava a vida, era comprar um escravo ou escrava”.
    Situações como as supracitadas são apenas exemplos de outros milhares. Reproduzimos o que sempre fomos, mas quando questionados, sempre achamos tudo um absurdo, ou pior, achamos normal porque sempre foi assim...
    Na introdução da coleção Lilia Moritz Schawarcz descreve, “1808 funciona como uma espécie de sorte coletiva. A colônia seria transformada em Reino”. Vejo como outras “sortes” o fato da mesma língua, português, ter conseguido vingar em todo o imenso país e, mais do que isso, conseguimos, por meio de muitas disputas, manter nosso território de 8.515.767 km².
    Por outro lado, podemos dizer que não contamos com essa sorte quando concluímos que o sistema foi fortemente marcado pelo trabalho escravo e com uma experiência monárquica enraizada, que reflete até hoje as nossas relações sociais e a nossa relação com o modo de fazer política.
    O que pensar e fazer frente a tudo que lemos e refletimos? Por onde começar algum tipo de mudança? Será que temos mesmo que mudar? O que mudar? Para quem mudar? Como mudar? Por que?
    Sempre que leio um livro sobre a nossa história me emociono quase de maneira infantil, consigo me imaginar naquela época exatamente porque consigo me enxergar hoje na cidade onde vivo, Rio de Janeiro, trabalhando naquela mesma rua que hoje continua sendo a Rua do Ouvidor.


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  2. Seguem abaixo frases retiradas dos livros como sugestão para discussão.
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    O que faz o brasil, Brasil?

     Como se constrói uma identidade social? Como um povo se transforma em Brasil?
     O Brasil foi descoberto por portugueses
     Tenho relações que não me deixam caminhar sozinho (diferente dos americanos, que sempre se veem e existem como indivíduos)
     Sociedade brasileira é uma chave dupla (inflação, corrupção x comida, música)
     Enquanto não formos capazes de discernir essas duas faces de uma mesma nação e sociedade, estaremos fadados a sermos jogados como um Brasil pequeno e defasado
     A casa x a rua x o trabalho
     Trabalho duro visto como algo bíblico (latim castigo). Diferente da concepção anglo-saxã (work – agir, fazer)
     Malandro x Caxias
     Não temos a glorificação do trabalhador
     Nosso sistema é fortemente marcado pelo trabalho escravo
     Patrão que explora trabalhador
     Nas relações a cor ou o dinheiro são critérios
     Comida x mistura
     Carnaval (onde podemos ser livres e nos fantasiar sendo uns e outros sem sermos julgados)
     Relação das religiões (Católica x umbanda) entre outras
     Parada militar (ordem social)
     Como procedemos diante da norma geral se fomos criados onde aprendemos que há sempre um modo de satisfazer nossas vontades e desejos?
     Há sempre uma autoridade, sempre mais alta, a quem se poderá recorrer
     Despachante, cartório, repartições
     Classes Alta e Média tem aversão a tudo que faça sentir-se como pessoa comum
     A sociedade brasileira não pode ser entendida de modo unitário, na base de uma só causa ou de um só princípio social.
     Somos uma pessoa em casa e outra na rua e ainda outra no outro mundo
     Leis impessoais x redes de amizades e compadrio que embebem toda a nossa vida política, institucional e jurídica
     Seria preciso carnavalizar um pouco mais a sociedade. Algo que permita um pouco mais da casa na rua e da rua na casa. Precisamos realizar a crítica destemida de nós mesmos.
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    Introdução à coleção

     A história de um país é, de certa maneira, sua carteira de identidade.
     1808 funciona como uma espécie de sorte coletiva. A colônia seria transformada em Reino Unido de Portugal, Brasil e Alvarves até 1821.
     Movimento de independência conservador, preserva a centralização e o regime escravocrata.
     Experiência monárquica enraizada. Projetos de modernidade em um país tão imenso.
     O resultado é esse mundo de misturas e cores, nas comidas, nos sabores, nos hábitos e na religião. Onde se inventam mais de 130 termos para descrever a cor.
     Diante de uma metrópole distante e ausente, desenvolveram-se modelos resistentes de coronelismo e favoritismos de toda ordem, além do predomínio da esfera privada sobre a pública.

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    Introduçãoao volume I

     Em 1808, de um dia para outro, o Rio de Janeiro transformou-se na capital portuguesa.
     Mais do que um Brasil, havia Brasis.
     O Poder centralizou-se no Rio de Janeiro. Pernambuco tinha o maior superávit comercial do país e de lá que eclodiu, em 1817, uma revolução de tendência republicana.
     D. Pedro decide ficar no país em 09 de janeiro de 1822.
     Independência em 07 de setembro.
     03 indagações. Soberania: Quem a detinha? O povo, o imperador ou ambos? Províncias: federativo ou unitário? Portugueses: iriam continuar dominando o comércio e se intrometer na política?
     O Brasil pagou um preço alto pelo reconhecimento da Inglaterra sobre a independência.
     Separado de quase todos os países sul-americanos (espaço e economia)
     Em 07 de abril de 1831, d. Pedro abdica do trono em favor do seu filho Pedro, que tinha apenas 5 anos de idade.
     O Brasil tornou-se uma monarquia hereditária e constitucional, num continente republicano.
     Apesar das pressões regionais, não se fragmentou como sucedeu com a América Espanhola.
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    Parte 1 – População e Sociedade

     Em 1831 éramos 3,8 milhões de habitantes, sendo, 300 mil indígenas aculturados, 1 milhão de brancos (portugueses, suíços, alemães, franceses, britânicos), pelo menos um grupo de ciganos e até mesmo os chineses, além dos 500 mil mulatos e negros livres e 2 milhões de escravos (Alberto da Costa e Silva, págs. 35/36)
     O Brasil era uma sociedade escravista (...) uma sociedade em que a vida diária girava em torno deles.(Alberto da Costa e Silva, pág. 43)
     Mas não era só nas casas ricas que havia escravos. A primeira coisa que, em geral, fazia uma pessoa, mal melhorava a vida, era comprar um escravo ou escrava. (Alberto da Costa e Silva, pág. 45)
     Em algumas cidades os escravos equivaliam em número às pessoas livres ou mesmo ultrapassavam. (Alberto da Costa e Silva, pág. 46)
     A mistura de objetos, valores e condutas correspondia o aumento crescente de mestiços (1872 eram 34,3% da população). Havia mestiço em todas as classes sociais, inclusive nas elites. (Alberto da Costa e Silva, pág. 54/55)
     Na casa do branco, o negro tomou gosto pela azeitona (...) E os brancos pelo vatapá (...)
    (Alberto da Costa e Silva, pág. 55)
     O Português era milagrosamente o mesmo em todas as áreas povoadas, dispersas por um imenso território. (Alberto da Costa e Silva, pág. 56)
     D. Pedro I continuou o processo, iniciado por d. Joao VI, de criar uma nobreza no país. Abaixo ficavam uma espécie de classe média e finalmente os pobres. (Alberto da Costa e Silva, pág. 59)
     Todo ano marcado pelas mesmas comemorações (católicas) e os escravos faziam o possível para que as datas se coincidissem (Ogum no dia de São Jorge). (Alberto da Costa e Silva, pág. 61)
     Tanto entre pessoas livres quanto entre escravas, havia muitas mulheres chefes de família. (Alberto da Costa e Silva, pág. 64)
     Durante o processo que desembocaria na independência e na abdicação de d. Pedro I, os que a formavam deixaram de se ver como portugueses do Brasil ou como africanos, e cada vez mais, como baianos, mineiros, paulistas, e, finalmente, brasileiros. (Alberto da Costa e Silva, pág. 71)
     O Brasil era a única monarquia no continente americano. (...) Em 33 anos, o país passara de colônia para um império. Trocara de pele. Nas cidades maiores, impuseram-se novos comportamentos sociais. (...) Muito mudara para alguns, e nada ou pouco mudara para a maioria e nas engrenagens que moviam a sociedade.(...) Sem libertar os escravos, a nação brasileira ficara incompleta. (Alberto da Costa e Silva, pág. 72)

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