quarta-feira, 29 de julho de 2015

Uma ponte para Romero Britto



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Instado a ler o livro “Eu não sou cachorro, não”, do Paulo César de Araújo, fiz um muxoxo. Embora tenha aceitado a leitura devido à força da indicação (o amigo João Daniel, que coordena nosso grupo de estudos), tive a impressão de que o livro não me interessaria.

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O foco principal do livro é a questão da música ‘brega’ na ditadura militar. É sobre como esse tipo de música, tradicionalmente associado à adesão aos militares, é também repleta de contestação às opressões do regime e também a todas a outras que sempre existiram no Brasil independentemente do regime político em que se esteja. E também sobre como esse tipo de música, ‘brega’ ou ‘cafona’, permaneceu e permanece à margem da historiografia e dos estudos sociais. Estamos falando de cantores como Odair José, Nelson Ned, Wando, Dom & Ravel, entre outros.

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Muitos deles eu não conhecia. A maioria, para falar a verdade. Isso tem a ver com uma questão etária. Tem a ver também com o fato de eu não ‘apreciar esteticamente’ a música dita ‘brega’ ou ‘cafona’. Mas a experiência de ler o livro foi maravilhosa, justamente porque ele aborda essa temática do ‘apreciar esteticamente’ e outras igualmente importantes, em que me vi pareado em alguns conceitos com o autor do livro.

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Certa vez, em uma plenária na minha casa disfarçada de jantar (sempre habitei um lar onde as coisas eram discutidas), foi levantada uma questão interessante sobre racismo. “Já repararam como os homens negros, assim que assumem posições de sucesso/prestígio, sempre escolhem mulheres brancas, em geral louras, para se relacionar?”. Houve gente que viu racismo na pergunta: “Isso não faz sentido. Quer dizer que só por que o cara é negro ele é obrigado a se relacionar com uma mulher negra? Claro que não, cada um tem a liberdade de escolher a pessoa que vai se relacionar.” Quando fui chamado a opinar sobre a questão, uma vez que as opiniões se dividiam (dois para um lado, dois para outro), argumentei que, sim, cada um é livre para escolher quem quiser. Só que quando todo um grupo escolhe a mesma coisa, trata-se de um fenômeno, e deve ser tratado como tal. Esse fenômeno transcende, em muito, a opção estética de cada um, ainda que, individualmente, cada um se reporte à sua própria escolha, ao seu próprio gosto. Nesse sentido, é importante perceber que os gostos das pessoas não são fruto de uma questão estética normal (no sentido de normalmente distribuída), mas sim, que existem vieses, que existem outras coisas que atuam na forma como escolhemos as coisas, como julgamos o que é belo e o que é feio.

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O livro aponta que, na época da ditadura civil-militar, tão importante quanto a censura dos órgãos oficiais era a patrulha ideológica da oposição. Portanto, o público universitário de classe média e de esquerda se unia em torno dos mesmos ícones culturais, das mesmas causas e dos mesmos ódios. Tão cool quanto gostar de Caetano Veloso e de Chico Buarque era odiar Odair José. Os censurados, por sua vez, também censuravam. O sonho do oprimido de se tornar opressor se manifestava, de forma inconsciente, nesses ódios de unanimidade.

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Isto posto, minha manifestação por Caetano Veloso aumenta cada dia mais. Descobri, através do livro, que num festival de música nos anos 1970, a Phono 73, ele chamou Odair José para subir ao palco com ele e cantar junto. Odair foi vaiado, Caetano vaiou a vaia, dizendo que eles não gostavam de Odair José porque ele era popular, e que essa vaia se tratava, ainda, de casa-grande e senzala.

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É importante ressaltar que a intelectualidade ainda não conseguiu se livrar desse estigma da patrulha ideológica e do ódio em coro. Dia desses, falei com uma amiga que eu achava que Los Hermanos escrevia letras melhor do que Chico Buarque. Meu comentário não foi levado muito a sério. Afinal de contas, Chico Buarque está sempre num platô de superioridade, ícone dos ícones, mago dos magos. O que, afinal de contas, poderia ser melhor do que Chico Buarque?

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Uma vez tive uma conversa com uma outra amiga, sobre o filme “Tropa de Elite”. Argumentei que eu detestava o filme, achava um horror, produtor de violência e incitador de ódios. Ela me venceu pelos meus próprios argumentos. Na verdade, o que ela conseguiu me mostrar, é que eu também tenho os meus próprios vieses e que não gostar do filme significa uma vinculação ideológica a uma suposta intelectualidade de esquerda que o rechaça. Consigo tirar algumas lições desse episódio. A primeira é que não posso me forçar a gostar do filme. É importante se respeitar nesse sentido. Uma outra lição é a de não se posicionar a favor da censura. A liberdade tem que servir mesmo pr’aquilo que a gente não gosta. Afinal, se o filme não traz incitação direta ao ódio (e eis aqui um ponto que me eximirei de discutir), e se muita gente curte aquilo porque comunica algo, porque traduz seus sentimentos ou porque é apenas a opção estética deles, é importante que ele esteja lá, que ele possa ser apreciado, ser assistido. Por último, é legal entender que nossas falas têm um lugar: social, geográfico, histórico, e que os nossos gostos estão diretamente vinculados a esses lugares, e nem de longe possuem qualquer caráter universalizante.

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É importante marcar essa universalização do gosto. O que acontece na música ‘cafona’, acontece em diversas outras esferas da cultura. Não é só Fagner que não pode. A intelectualidade brasileira tem uma longa lista de proibições na seara da cultura: música sertaneja, funk, Paulo Coelho, Romero Britto, etc.

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Acho o caso do Romero Britto particularmente emblemático. Sempre que saio em defesa de Romero Britto sinto os olhares lancinantes de quase todos os amigos por cima dos meus ombros. É a patrulha ideológica, que está longe de acabar.

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Romero Britto é um artista brasileiro que ousou romper com a cadeia de arte tal como ela é: artistas que fazem suas obras de arte e as expõem em pequenas galerias para o deleite de uma elite intelectual. Quando alcançam a fama, alguns de seus quadros saem em turnê internacional por pequenas galerias e museus de outros países, para o deleite das elites intelectuais do lado de lá (‘miséria é miséria em qualquer parte, riquezas são diferentes’). Só que por algum motivo, o artista Romero Britto caiu nas graças do público. Seja por marketing do próprio artista, seja porque a padronagem de cores vibrantes utilizadas nas suas obras de arte tenha provocado identificação no público, o fato é que Romero Britto atinge grossas camadas populacionais, como nenhum outro artista plástico brasileiro vivo, quiçá morto. O grande pecado de Romero Britto, para a crítica, é que seu público é verdadeiramente popular. Nisso eu não acho que seja um problema exclusivo do Brasil, como também não o são muitos dos problemas que temos discutido por aqui, mas ser verdadeiramente popular, isto é, cair nas graças do povo, parece ser um atestado de ruindade, um carimbo de que aquela estética não serve, de que está errada. Toda arte verdadeiramente popular é logo tachada de kitsch, de cafona. Imaginem vocês que Romero Britto, com as suas mesmas obras de arte, fosse um artista obscuro que morasse no Cosme Velho. Se ele expusesse os seus mesmos quadros no Parque Lage, ou em uma galeria de arte na Gávea, não tenho dúvida de que os críticos de arte iriam discorrer, em longas linhas, sobre como Romero Britto constrói uma visão contemporânea da realidade ao unir elementos dissonantes em uma mesma tela, e sobre como as cores vibrantes escolhidas pelo artista, à semelhança de Andy Warhol, não deixam de refletir uma espécie de êxtase incontido que tem sido muito presente na geração de artistas brasileiros que despontaram no final do século passado.

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Com o funk, acontece um fenômeno parecido. Embora uma parte da intelectualidade já tenha sido convencida de que o funk é uma coisa legal, existe uma parte da intelectualidade que ainda considera o funk uma sub-cultura ou uma sub-música. Diferentemente de Romero Britto, no funk não tem coro de ódio. Existe atualmente uma disputa em curso na intelectualidade para saber se o funk é legal ou não. Parece que, cada vez mais, o funk é legal, cool, bacana. Mas a patrulha ainda não deu o seu veredicto.

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Prova disso é que Valesca Popozuda (diva!) tem sido reverenciada não apenas pelo público, mas também pela crítica. Muitas pessoas já se reportam à Valesca como feminista e como líder do empoderamento feminino através do funk. Só de alguém utilizar, em algum momento, o termo ‘empoderamento feminino através do funk’, já significa que a intelectualidade olhou para ela e aprovou alguma parte de seu comportamento/música.

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A música sertaneja, talvez herdeira direta do que se entende por música ‘cafona’ está mais para Romero Britto do que para o funk. É aceita e admirada por uma enormidade de pessoas, mas a crítica os colocou na categoria de ‘música ruim’. Esse descompasso explica que um jovem cantor sertanejo goiano, Cristiano Araújo, tenha morrido e que muitas pessoas da classe média universitária intelectualizada de esquerda do sudeste não soubessem quem ele era.

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Esse descompasso entre e intelectualidade de esquerda e os grandes contingentes populacionais não está apenas na área da cultura. Pelo contrário, esse fenômeno se alastra para diversos outros segmentos. No Rio de Janeiro, existe uma elite intelectualizada de esquerda. O cidadão típico desse segmento (no qual me inlcuo por assimilação, embora não preencha todos os estereótipos) vota no PSOL e às vezes milita no partido, mora no feudo Zona Sul, é vegetariano, fuma maconha, tem entre 18 e 35 anos, frequenta a praça São Salvador e gosta de manifestações artísticas ‘alternativas’ (é pena que a palavra ‘alternativo’ tenha caído em desuso, porque ela abarcava tanta coisa... a palavra que veio depois ‘indie’ e a da vez, ‘hipster’, nem de longe dão conta da riqueza de significados de ‘alternativo’). Só que essa intelectualidade de esquerda, que tem seu ícone em Gregório Duvivier e que a direita assombrada insiste em chamar de esquerda-caviar, está muito longe das pessoas que compõem a maioria da população. Ainda que o PSOL, em particular, faça um esforço no sentido de angariar militância em outros pontos da cidade do Rio (e falo do Rio de Janeiro porque não sei como essas coisas se processam em outros lugares), a verdade é que existe uma distância entre esses lugares: novamente, geográficos, sociais, históricos, que parece impedir a construção de um discurso comum e unificado de esquerda, e faz com que as votações do PSOL, embora crescentes, ainda estejam muito restritas ao feudo Zona Sul.

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Se você não lê o livro que o outro lê, se não escuta a música que o outro ouve, se você não está perto do outro, como querer construir com esse outro um projeto político comum? Como ousar dizer que você pretende representar esse outro se você, de fato, não o conhece?

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A uniformização do pensamento da intelectualidade é tão poderoso que nos engendra ideias sumariamente falsas. Tornou-se ponto pacífico a ideia de que a homossexualidade é uma questão de nascença, que ninguém escolhe ser gay. Esse discurso, capitaneado pela Lady Gaga nos EUA, através da difusão massiva do seu CD ‘Born this way’ é muito meritoso. Ainda que diversas outras personalidades sejam relevantes para esta questão, acredito que a Lady Gaga teve um papel importantíssimo e preponderante na difusão dessa ideia. Suponho que isso tenha funcionado de maneira jesuítica. Os catequizados foram os filhos, que se encarregaram de transmitir a boa-nova aos seus pais. Quando digo que acho que esse discurso é meritoso, é porque não tenho dúvida de que ele serviu, em muito, para virar o jogo da opinião pública dos EUA quanto ao casamento gay por lá. Ora, se ser gay é uma coisa que nasce com o indivíduo, então, para os mais conservadores, isso soa como ‘um defeito congênito’, algo que se deve aceitar, algo de que o indivíduo não tem culpa. Ora se não escolheu ser gay, ele jamais pode ser acusado de má-fé, ele não tem culpa, coitado. Ele nasceu assim, é um defeito. Isso é extremamente tranquilizador para quem é conservador. Assim, esse indivíduo poder aceitar o seu filho gay, o seu sobrinho gay, o seu colega de trabalho gay. Só que a homossexualidade, e a sexualidade de forma geral, estão a léguas de distância de ser essa coisa preto-no-branco.  Então, por mais que seja um discurso tranquilizador, é um discurso falso. Eu, na condição de gay, aprendi com o tempo a ir aceitando essa ideia de que se trata mesmo de uma ‘condição’. Mas a verdade é que não sei precisar (e nem preciso, e nem quero) se isso foi uma coisa inteirinha que estava lá quando eu nasci. No meu processo de construção de identidade, que ainda está em curso, em algum momento, me vi gay. E tudo bem.

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A pergunta que fica, portanto, é: o que vale mais a pena? Um discurso tranquilizador que garanta a dignidade e os direitos humanos, embora mentiroso, ou um discurso verdadeiro, que pode ser mal interpretado, acusado de relativista por todos os lados e que não contribui para a construção de condições mais justas e igualitárias de vida para todos? Essa é uma pergunta bastante difícil, mas parece que fico com a primeira opção. Lembro-me um pouco do discurso da Dilma Rousseff na Comissão Nacional da Verdade, dizendo que mentiu aos seus algozes na ditadura; parece ter sido uma boa opção.

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Admitindo essa dobra do discurso, podemos chegar à conclusão de que os estudos racialistas do início do século XX, que comparavam as características dos povos em virtude de suas medidas anatômicas poderiam não estar de todo errados. Pode ser mesmo que haja diferenças estruturais entre caucasianos e negros, índios, judeus, etc, quando considerados como grupos étnicos. Por exemplo: até hoje a medicina se baseia em estudos de etnicidade para dizer que determinados grupos étnicos têm mais propensão a esta ou àquela doença. Esse é a utilização útil do conhecimento.

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Ocorre que na mesma perspectiva racialista, muito desse conhecimento foi utilizado como esteio científico para os desmandos dos regimes nazi-fascistas na primeira metade do século passado, sob a justificativa de que algumas raças sejam superiores a outras.

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Tenho consciência de que estou entrando em uma seara muito perigosa e cheia de tabus, mas acho importante continuar a falar disso. Porque creio que esse tenha sido, e talvez ainda seja, o lado bom da patrulha ideológica. Nesse sentido, ainda que vivamos sob a égide da liberdade, é importante que alguém seja proibido de fazer um estudo científico sobre se negros fedem mais do que brancos, se índios têm tendência à preguiça, etc. Esses estudos, ainda que realizados de forma séria, e independente do resultado que produzam serão rechaçados pela comunidade científica, uma vez que seus resultados contribuirão de maneira destrutiva para reforçar relações de opressão. Essa rejeição, no meu entender, deve ser feita mesmo que os propósitos e objetivos apresentados pelo estudo tragam benefícios (sobre as informações de saúde, por exemplo). Nesse caso, é melhor perder os benefícios científicos do que arcar com os custos sociais.

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Esses exemplos mostram como a patrulha ideológica é, ora nociva, ao impedir a apreciação das manifestações populares pelas elites e impedir a aproximação dessas elites de tudo aquilo que é popular, ora necessária, ao criar novos enredos ou desconstruir paradigmas, no sentido de incrementar as possibilidades de convivência entre as pessoas e de garantir a perenidade dos direitos humanos.

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É interessante também observar que a unidade de discurso deste lado da intelectualidade-esquerda é particularmente necessária quando existe um discurso coeso e unido do lado das forças conservadoras. A esquerda que se perde nas próprias desavenças, e que se estilhaça em uma miríade de siglas partidárias não cria um projeto novo, não avança, não constrói, e fica refém das forças do outro lado do espectro político.

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Ainda neste aspecto, em relação ao jogo de forças da política, e em relação à capacidade de diálogo entre a esquerda, a direita, o centro, as elites, as periferias, a música sertaneja, a MPB, o funk, o Chico Buarque, o Romero Britto, a Valesca Popozuda e o Caetano Veloso, é importante ter em mente o que disse certa vez Jean Wyllys, de que é preciso não destruir as pontes.

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Muitos dos lugares dos quais falei: mais uma vez, geográficos, históricos e sociais, são ligados por pontes de diálogo, que são frágeis, quebradiças e estão sempre à espera de um sopro para que desmoronem.

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O livro do Paulo César de Araújo, “Eu não sou cachorro, não”, acaba por funcionar como um elemento que constrói algumas dessas pontes e apresenta um esforço heroico de manutenção de algumas delas, já bem corroídas e desgastadas pelo tempo.

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Paulo César de Araújo, cuja leitura chegou até mim, que não sou admirador de música ‘cafona’ tampouco me interesso de maneira efusiva pela ditadura civil-militar, mostra que a construção dessas pontes, além de necessária, pode chegar a lugares impensados. O mesmo acontece com a Valesca Popozuda que, contrariando as expectativas iniciais, se converteu numa figura icônica que tem ampla escuta no discurso que profere, muitas vezes chegando até as pessoas que dizem não gostar de funk.

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É claro que, às vezes, desanimamos, achamos que não há pontes, que nenhum diálogo pode ser estabelecido.

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Como falar sobre auditoria cidadã da dívida quando as pessoas amarram seus semelhantes num poste e o achincalham e o espancam até a morte?

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Dê-se sempre o direito, e também impinja-se o dever, de pensar como quem está do outro lado. Será que amarrar uma pessoa no poste é tão diferente de destruir a vida de uma torcedora que cometeu um ato racista num estádio de futebol? Do lado de cá dirão: “que absurdo, ele pode ser recuperar, ele fez apenas um pequeno ato errado”. Do lado de lá dirão: “que absurdo, ela pode se recuperar, ela fez apenas um pequeno ato errado”. Do lado de cá, quanto à torcedora, uns ainda podem argumentar: “ela teve a vida destruída pra que fique de uma vez por todas claro que racismo é um absurdo. Racistas não passarão!” Do lado de lá, quanto à pessoa amarrada no poste, eles dirão: “Ele foi amarrado no poste pra todo mundo ver que é um absurdo ser bandido. Bandido bom é bandido morto!” Esse pequeno exemplo serve para mostrar que nossas verdades não são universais nem universalizantes. É preciso, mais uma vez, não destruir as pontes com o outro lado, que tem as suas próprias verdades, os seus próprios códigos, e que nos julgam da mesma forma que os julgamos.

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Esse não é um texto fácil. Além de longo, ele mexe com uma série de tabus e construções aos quais estamos muito arraigados, de forma que mexer nesse emaranhado pode ser bastante desconfortável. Aos que conseguiram ler até aqui, espero ter, de alguma forma, torcido as ideias de vocês. Torcer as ideias parece uma boa forma de não distorcê-las. De minha parte, fico feliz se, de alguma forma, eu conseguir também ser ponte. Muito obrigado!

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