Caros, segue o texto solto.
Apenas com partes que gostaria de discutir no GEB.
Confesso que minha única referência
de Joaquim Nabuco era a rua de Ipanema, fundos do colégio que estudei quase
toda minha vida. Início, mais uma vez, relatando como me surpreende a idade
dessas personalidades (lembrei do Castro Alves) comparado a nossa juventude de
hoje. O fato de Joaquim Nabuco ter sido criado, pela madrinha, em um engenho, na
convivência natural com escravos, só tendo conhecido seu pai aos 8 anos, me diz
muito sobre o que ele se tornou. Acredito que se não fosse por isso não tivéssemos
nele um dos defensores das ideias abolicionistas. No início me causou estranheza
a defesa dele pela monarquia, mas, ao logo da biografia, passo a entender e, pelo
contexto, quase concordar com ele. Nada
melhor do livro do que a narrativa das viagens dele, sua adoração por Londres,
a comparação com Paris e Nova Iorque. Não deixei de me sentir incomodada quando
ele escreve sobre como era obvio que um brasileiro tenha pela Europa um
deslumbramento, mas penso que em 1870 a diferença entre esses dois “mundos” era
incomparável. A paixão dele pelas artes. A citação e reconhecimento de um por
um (principalmente André Rebouças), dos colegas durante o processo da abolição.
A maneira como ele enxergou que após 15 de maio de 1888, os movimentos abolicionistas
se dissipam (me lembrou Florestan Fernandes). Na página 131: a grande questão da democracia brasileira não
é a monarquia, é a escravidão. Nas páginas 80 e 81 ele assume a preferência
pelo estrangeiro e assume que o que o impediu de ser republicano na mocidade
foi provavelmente “o de ter sido sensível à impressão aristocrática da vida”. A verdade é que ele enxergava na monarquia
algo que está diretamente ligado aos ingleses e sua formação político social.
Não há como reproduzir Londres em qualquer lugar do mundo. Preocupação da
república a troca de governo ser de 4 em 4 anos e os cargos ficarem à
disposição do presidente. Página 101: Política de governo e Política de
Oposição. Página 112: Na câmara dos Comuns não se imagina o processo de lobbying. Pág. 120 “Conciliação como
coalizão”.
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