segunda-feira, 11 de julho de 2016

Caros, segue o texto solto. Apenas com partes que gostaria de discutir no GEB.


Confesso que minha única referência de Joaquim Nabuco era a rua de Ipanema, fundos do colégio que estudei quase toda minha vida. Início, mais uma vez, relatando como me surpreende a idade dessas personalidades (lembrei do Castro Alves) comparado a nossa juventude de hoje. O fato de Joaquim Nabuco ter sido criado, pela madrinha, em um engenho, na convivência natural com escravos, só tendo conhecido seu pai aos 8 anos, me diz muito sobre o que ele se tornou. Acredito que se não fosse por isso não tivéssemos nele um dos defensores das ideias abolicionistas. No início me causou estranheza a defesa dele pela monarquia, mas, ao logo da biografia, passo a entender e, pelo contexto, quase concordar com ele.  Nada melhor do livro do que a narrativa das viagens dele, sua adoração por Londres, a comparação com Paris e Nova Iorque. Não deixei de me sentir incomodada quando ele escreve sobre como era obvio que um brasileiro tenha pela Europa um deslumbramento, mas penso que em 1870 a diferença entre esses dois “mundos” era incomparável. A paixão dele pelas artes. A citação e reconhecimento de um por um (principalmente André Rebouças), dos colegas durante o processo da abolição. A maneira como ele enxergou que após 15 de maio de 1888, os movimentos abolicionistas se dissipam (me lembrou Florestan Fernandes). Na página 131:  a grande questão da democracia brasileira não é a monarquia, é a escravidão. Nas páginas 80 e 81 ele assume a preferência pelo estrangeiro e assume que o que o impediu de ser republicano na mocidade foi provavelmente “o de ter sido sensível à impressão aristocrática da vida”.  A verdade é que ele enxergava na monarquia algo que está diretamente ligado aos ingleses e sua formação político social. Não há como reproduzir Londres em qualquer lugar do mundo. Preocupação da república a troca de governo ser de 4 em 4 anos e os cargos ficarem à disposição do presidente. Página 101: Política de governo e Política de Oposição. Página 112: Na câmara dos Comuns não se imagina o processo de lobbying. Pág. 120 “Conciliação como coalizão”.  

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